Quando o trabalho é honesto e dá prazer a quem o pratica, ele dignifica e enobrece a vida.
O trabalho é tão útil a criatura humana, como o alimento e o sono tranqüilo e reparador.
Ele é também fisiológico, pois é muito conhecido o princípio de fisiologia que diz, que o
órgão que não trabalha se atrofia e morre.

Aquele que não trabalha, portanto, que vive na vadiagem, na ociosidade, terá, por certo, segundo esse preceito científico, vida mais curta e menos sadia.

Também Deus não admite o homem que não trabalha, aquele que não realiza diariamente
uma tarefa capaz de ser por Ele abençoada. Nem mesmo aquele que só vive rezando, apenas pedindo a Deus, rezando dia e noite sem fazer nada mais de bom e proveitoso; nem
mesmo este, estará nas boas graças do criador.
Chama-se, este, o protótipo do "parasita dos Céus".

O trabalho é, assim, tão necessário à vida de cada um de nós, que até mesmo os psiquiatras
criaram o que eles chamam de "terapêutica ocupacional" ou "laborterapia". O trabalho é,
desse modo, usado como medicação e como remédio.

A vida sem trabalho toma-se insuportável.
O não fazer nada, o viver de expediente ou na "boa vida", como em geral se diz, predispõe
o indivíduo à doença, à incapacidade física ou mental, ao desânimo, ao fastio, em fim, de
prosseguir na jornada normal da existência.


 

Autor: Plácido Afonso





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