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Podes sorrir-te... Embora! as flores murcham,
Mas não morre o perfume sobre o chão!
Que importa o riso sobre lábio ingrato,
Si inda, mulher, te bate o coração?!
Fada orgulhosa, nos salões brilhantes,
Vagas sem tino, no dançar louquejadas;
E penas brancas da plumagem alva
Caíram todas... Num paul doidejas.
Vale, acaso, essa vida de delírio,
Aqueles sonhos de paixão fervente,
Os quentes beijos, os abraços ternos,
E o céu tranqüilo sobre a terra ardente?!
Ai! que louca tu fostes, As nossas festas
Tinham por luzes os clarões da lua;
Inda hoje, às vezes, solitária e bela,
Tua imagem triste no luar flutua!
Não chorarei... Oh! não! Lá quando, um dia,
Emudecer o som da louca festa,
Essa história de gozos infinitos
Hão de contar-te as brisas da floresta!
Teu pranto em fio pelas faces murchas
Há de ser minha única vingança.
Serás a estátua muda da Saudade,
No sepulcro deserto da Esperança!...
Embalde o tentas... Minha imagem sempre,
Como um remorso, surgirá perdida!
Eu sou tua sombra, seguirei teu corpo!
Eu sou tua'aIma, seguirei tua vida! |
Autor: (Victor Hugo)
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