Sou um asteróide,
Estou indo de encontro a Terra,
O impacto irá destruí-la
Não sobrará nada de seu planeta mesquinho,
De habitantes mesquinhos,
Que acreditam estar sozinhos
Num universo infinito.
Sou apenas um asteróide,
Não sou do mal,
Apenas sigo o meu destino.
Não fujam, vocês não têm aonde ir.
Eu sou o seu castigo.
Não há porque chorar,
Não há porque lamentar o fim do mundo;
Apenas estou antecipando
O que fazem com vós mesmos.
Não notam que se encontram
Num processo de suicídio gradual.
Poluem seus rios e mares.
Exterminam sua fauna,
Destroem florestas,
Já não conseguem respirar ar puro.
Conspurcam seus filhos,
Destroem sonhos,
Renegam-se uns aos outros
Por raça, nacionalidade ou religião.
Roubam, matam, lutam
Por motivos banais.
Fazem guerra apregoando a paz.
Cometem atrocidades
Para saciar sua sede de poder.
Não há respeito entre os mortais;
Há fome, doenças, dor,
Crianças com armas nas mãos.
Seus corações empeçonhados,
Vertidos em ódio e rancor,
Perecem aos poucos.
Todos já estão desenganados,
Não há mais salvação.
Eu vim trazer o alívio,
Sou o tiro de misericórdia,
A injeção letal, fatal.
Eu sou a eutanásia do mundo!
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