Meu Jesus de Nazaré
Que sofreu impiedosamente
Pelos pecados do mundo
Numa cruz tão cruelmente,
Mais uma vez eu te peço
Me inspire neste meu verso
E assim mostrar fielmente.

Que tudo no mundo é possível
Se houver determinação,
Se for fiel a seu Deus,
Se amar a sua nação,
Se tiver muita vontade
De vencer com humildade,
Trabalho e obstinação.

O ser humano na história
Tem mostrado o seu valor
Na ciência e na cultura
Grande legado deixou.
Este ser racional
Quando não faz nenhum mal
Prova que é merecedor.

Eu vou criar um exemplo
De uma mulher brasileira,
Que venceu o preconceito,
Rompeu todas as barreiras.
Através de muito estudo
Ela consegue de tudo
Empunhando a Bandeira.

A Bandeira da Verdade,
Da cultura e do Saber,
Na nossa Literatura
É impossível esquecer,
na Fase do Modernismo,
Na área do Regionalismo
Fez seu nome conhecer.
Ela que tinha o Dom
Do fio do Pensamento
Escreveu a sua terra,
Seu povo em seu sofrimento.
Naquele Verão Feroz
Nasceu Rachel de Queiróz
Pra dar seu depoimento.

Muita gente vivia
Sem ter o conhecimento,
Dos estragos que a Seca
Causava a cada momento
Quando a chuva não caia
O nordestino padecia
Sem água e sem alimento

Foi fugindo de tal seca
Que ela deixou seu lugar,
Foi pro Rio de Janeiro
Depois, Belém do Pará
Aos setes anos de idade
Rachel sentia uma vontade
De aprender, de estudar.

Aos nove anos retorna
A sua terra natal,
Aos quinze anos se forma,
No antigo curso normal,
Tornando-se uma professora
Porém a nossa escritora
Queria algo especial.

Naquela época a Mulher
Não tinha nenhum valor,
Era logo censurada
E vista com muito horror,
Se ela manifestasse
Ou pelo menos sonhasse
Contra o homem se opor.

Se opor significa
Fazer o que o homem fazia,
Ou pensar da mesma forma
Era alvo de zombaria
A mulher se limitava
Ao lar que tão bem zelava

 

 

 

 

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Ou mal - vista ela seria.

Rachel dedicou-se à leitura
E a escrever apontamentos
Que não mostrava a ninguém
Aguardando o momento
De provar a sociedade
Que à mulher na verdade
Qual homem pensa igualmente.

No ano de vinte e sete
No jornal "O Ceará” ·Com um pseudônimo escreve
E pede para publicar
Uma carta de protesto
Que foi vista com sucesso
E a convidaram a trabalhar.

No jornal por muitos anos
Como uma colunista,
Onde cunhou com palavras
A arte do jornalista,
E assim, Rachel de Queiroz
Escrevendo a sua voz
A liberdade conquista.

Era agosto de Trinta
Com tiragem de mil exemplares
Publica o livro "O Quinze” ·Conquistando os populares
O livro é tão bem recebido
Que logo se torna o mais lindo
Nas escolas e nos lares

O livro "O Quinze" lhe rendeu
Muita homenagem e respeito.
Rachel abril as fronteiras
Simplesmente do seu jeito.
Para o povo japonês,
Israelense e francês
Escreveu sem preconceito

Na Alemanha também
 “O Quinze" foi publicado,
Até o Norte - Americano
Ficou muito encantado.
Mas a sua maior glória
Foi entrar para a história
Por sua obra, seu legado.

 

No ano de setenta e sete
Na Academia de Letras
Tornou-se a primeira mulher
Naquela instituição eleita.
Agora ela era imortal
Grande orgulho Nacional
Sob nenhuma suspeita

Hoje em nossa escola
Será homenageada
A mulher mais cearense
Que sempre será lembrada,
Por sua determinação.
Trabalho, organização
E coragem ilimitada.

Por que Rachel de Queiróz
É o nome de nossa escola?
Porque é um grande exemplo
Para pormos na cachola.
Rachel de Queiróz morreu?
Não. Ela permaneceu
Na sua obra que consola.

Quem está longe de casa,
Ou sente dificuldades
De superar obstáculos
Em nossa sociedade,
Quem vive desamparado,
Excluído e abandonado
Sem amor, sem liberdade.

Eu dedico este trabalho
Ao olhar estudantil,
Olhar que ver o futuro
Da minha terra, Brasil.
Eu também sou estudante
E sei que o mais importante
É a educação juvenil.

Receba esta homenagem
Através de minha poesia.
Como é bom estar aqui
Hoje cheio de alegria.
Escola Rachel de Queiróz
Lar da sabedoria








Autor: Pádua de Queiróz
        06/04/2006
 

Celi Poesias