Mãos
embriagadas de desejo Procuram as portas do prazer Para escancará-las à luz Que brilha na aurora do leito, Quando os amantes acordam Com olhos cheios de estrelas Fixados no céu azul. Sobre a relva, entre eucaliptos, As mãos parecem cântaros Saciando a sede dos corpos, Ávidos de água bendita Que lhes brota nas bocas Quando na relva se unem. E embotando os sentidos, Fundem-se em peça única Com a seiva que gera vida, Vinda de cimbalistico orgasmo Vibrando mais que campanários, Lançam no ar os milhões de notas Que compõem a ária do amor Que só as almas podem cantar Em momento tão sublime, Os versos nascidos instantâneos Durante o ato de amar. |
voltar
*******
Celi Poesias...Um cantinho especial