É possível esquecer-se
daqueles com quem rimos,
mas nunca
esqueceremos aqueles com
quem choramos.
À natureza é um constante
vai e vem:
ondas do mar, ventos e
nuvens, bichos,
flores e pessoas.
À chegada não é o começo,
a partida não é o final.
Assim somos nós:
um dia viemos; um dia,
iremos.
Podemos ir para o
trabalho, escola, outro
bairro, viajar.
Podemos ir para voltar e
ir para ficar.
Mesmo que não se saiba
para onde nem quando ir,
há sempre um tempo de
partir.
Na vida, tudo passa.
Ficam as marcas e a
saudade que o tempo
certamente
levará, trazendo novos
dias, nova vida num
incessante
vai e vem, que jamais irá
parar.
E entre vindas e idas, é
preciso entender a dor,
não como uma
razão para duvidar de
Deus, mas como um difícil
caminho
para encontrá-lo.
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