Oh! se te
amei! Toda a manhã da vida
Gastei-a em sonhos que de ti falavam!
Nas estrelas do céu via o teu rosto,
Ouvia-te nas brisas que passavam,
Oh! se te amei ! Do fundo de minha alma
Imenso,eterno amor te consagrei...
Era um viver em cisma de um futuro!
Mulher! oh! se te amei!
Quando um sorriso os lábios te roçava,
Meu Deus! que entusiasmo que sentia!
Láurea coroa de virente rama,
Inglório bardo,a fronte me cingia;
À estrela d,alva às nuvens do Ocidente,
Em meiga voz teu nome confiei.
Estrela e nuvens bem no seio o guardam;
Mulher! oh! se te amei!
Oh! se te amei! As lágrimas vertidas,
Alta noite por ti; atroz tortura
Do desespero d,alma e além, no tempo,
Uma vida a sumir-se na loucura...
Nem aragem, nem sol, nem céu,nem flores,
Nem a sombras das glórias que sonhei...
Tudo desfez-se em sonhos e quimeras...
Mulher! oh! se te amei!
Autor: Francisco Otaviano
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