Silencio de ti enche essa
casa,
e ainda ouço sons da tua ausência:
por ti,reclama a lâmpada queimada,
o pneu do carro murcha,
a torneira entorna água
e a cozinha chora alagada.
Calam-se os serrotes,os martelos,
esperando o toque dado pelas tuas mãos.
Na sala,Bob Dylan,não toca tamborim,
nem Enya pinta o céu
nas músicas dos teus CDS,
mas ecoam longamente
em meus murmúrios.
E é tanta a monotonia
e tão crescente,
que junto a minha voz
num protesto aflito,
e deixo nestes versos o meu
GRITO...
(Rosa Clement)
|